Projeto Célula

Projeto Célula – Ferramenta de Autoria para Televisão Digital Interativa para o padrão SBTVD-T (Ginga-NCL)

O Célula consiste em um ambiente baseado em uma linha temporal criada a partir de uma mídia principal (programa principal). A partir desta linha de tempo é permitido ao jornalista responsável pela edição do programa, a inserção de elementos de mídia ou aplicativos interativos. Os aplicativos interativos podem ser classificados, editados e complementados a partir de um modelo capturado no repositório de modelos. A interação do jornalista será na parametrização dos modelos, como por exemplo, imagens de fundo, texto, perguntas, regras de apresentação ou um vídeo alternativo. Para esta parametrização são disponibilizados painéis capazes de modificar imagens, textos, arquivos e grupos de parâmetros. Disponibilizando uma biblioteca com modelos que integram três componetes considerados essenciais para interatividade com multimídia a ferramenta de autoria integra:

1. Vídeo – permitindo que sejam visualizados pequenos vídeos alternativos;
2. Imagens – apresentando imagens para o telespectador a um toque do controle remoto;
3. Texto – apresentando textos em caixas de rolagem; e
4. Aplicações – com modelos pré-desenvolvidos.

Visando a definição e implantação futura do padrão Ginga-J e a utilização desta ferramenta com seus modelos para outros padrões de TVDigital, optou-se por desenvolver um módulo capaz de realizar a geração do aplicativo interativo com base nos preceitos de plugin. Para a criação de interatividade de forma fácil e eficiente é apresentado a proposta de uma ferramenta. Segundo consulta a jornalistas professores e estudantes do curso de jornalismo da UFSC, os modelos que possibilitam a criação de interatividade, imagens, texto, vídeo e perguntas de forma parametrizadas disponibilizados no protótipo contemplam a maioria das necessidades iniciais das interatividades. Na próxima seção são expostos alguns detalhes da ferramenta de autoria disponível no método proposto. A interface possui, além de um menu superior, quatro painéis principais: uma biblioteca de mídias; um painel para edição das propriedades da mídia selecionada; um painel de pré-visualização; e a linha de tempo. Na versão atual, o software funciona da seguinte maneira:

  • As mídias são adicionadas na biblioteca a partir do menu superior;
  • As mídias disponíveis na biblioteca podem ser inseridas na linha de tempo, através da ação “arrastar e soltar”;
  • O vídeo inserido na primeira posição da linha de tempo é definido como o vídeo principal do programa;
  • Uma mesma mídia pode ser inserida na linha de tempo quantas vezes for necessário;
  • As mídias inseridas na linha de tempo estarão disponíveis no fluxo principal do programa gerado;
  • Ao clicar em uma mídia inserida na linha de tempo, as propriedades desta mídia aparecem no painel de propriedades;
  • No painel de propriedades é possível alterar os atributos básicos de uma mídia, como nome, tempo inicial, duração, posição, tamanho e a cor do botão utilizado para abrir a mídia durante a execução do programa;
  • A mesma cor definida para abrir a mídia é definida na linha de tempo, mostrando o intervalo de tempo que a mídia estará disponível para o telespectador
  • No caso da mídia selecionada ser um aplicativo interativo, o painel de propriedades também apresenta os parâmetros disponíveis para personalizar a interatividade (como por exemplo um texto ou a cor deste texto);
  • A linha de tempo também permite editar o instante e o intervalo que a mídia selecionada estará disponível.

O Célula também tem suporte a internacionalização, onde o usuário seleciona a língua (atualmente inglês e português brasileiro) que ele deseja ver no programa. A figura abaixo mostra o Célula na versão atual. Nas próximas subseções algumas funcionalidades são explicadas com maiores detalhes.

Esta ferramenta esta postada como uma solução e seu download esta disponível na pagina http://www.lapix.ufsc.br/celula

 

 

Sobre Aldo von Wangenheim

possui graduação em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (1989) e Doutorado Acadêmico (Dr. rer.nat.) em Ciências da Computação pela Universidade de Kaiserslautern (1996). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina, onde é professor do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação e dos cursos de graduação em Ciências da Computação e Medicina. É também professor e orientador de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação da Universidade Federal do Paraná - UFPR. Tem experiência nas áreas de Produção de Conteúdo para TV Digital Interativa, Informática em Saúde, Processamento e Análise de Imagens e Engenharia Biomédica, com ênfase em Telemedicina, Telerradiologia, Sistemas de Auxílio ao Diagnóstico por Imagem e Processamento de Imagens Médicas, com foco nos seguintes temas: analise inteligente de imagens, DICOM, CBIR, informática médica, visão computacional e PACS. Coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Convergência Digital - INCoD. É também Coordenador Técnico da Rede Catarinense de Telemedicina (RCTM), coordenador do Grupo de Trabalho Normalização em Telessaúde do Comitê Permanente de Telessaúde/Ministério da Saúde e membro fundador e ex-coordenador da Comissão Informática em Saúde da ABNT - ABNT/CEET 00:001.78. Atualmente também é membro da comissão ISO/TC 215 - Health Informatics. Foi coordenador da RFP6 - Conteúdo - do SBTVD - Sistema Brasileiro de TV Digital/Ministério das Comunicações. Desde 2007 é Coordenador do Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina no âmbito do Programa Telessaúde Brasil do Ministério da Saúde e da OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde e Coordenador do Núcleo Santa Catarina da RUTE - Rede Universitária de Telemedicina.